Vivemos em
constante movimento.
Trabalhamos,
exercitamo-nos e nos envolvemos em atividades diversas, mas sem nos darmos
conta do que estamos de fato buscando ou evitando.
Muitas vezes
dizemos frases como:
“Não consigo ficar parado”
“Não gosto de estar sozinho”
“Não tenho tempo”
Acabamos
vivendo vidas cada vez mais aceleradas, estressadas e mecânicas, onde todo e
qualquer horário vago, preenchemos com atividades diversas.
Muitas são às
vezes em que estamos sozinhos e nos sentimos deprimidos ou mesmo com aquela
sensação de vazio, então estabelecemos novas metas para abafar essa voz
interior.
Vivemos assim,
sempre correndo e correndo, atrás de novas realizações e projetos.
E quando chegamos
à meta proposta, logo estabelecemos uma nova e mais complexa, sem muitas vezes
nos darmos o direto de comemorar as conquistas presentes.
Esse ciclo
torna-se contínuo em nossas vidas, postergando a felicidade que estabelecemos
através de objetivos, conquistas e aquisições.
A vida então
passa, “amadurecemos”, tornamo-nos sisudos e indiferentes às simplicidades e
belezas ao nosso redor.
Afinal não
temos tempo para desfruta-las.
E quem sabe
em idade avançada, finalmente percebemos quão equivocados fomos ao estabelecer nossa
felicidade e paz interior através de conquistas exclusivamente materiais, metas
e atividades contínuas?
O vazio que
sentimos em nossas vidas é o aviso da nossa voz interior, indicando que não
estamos no caminho que deveríamos trilhar. É o nosso termômetro sinalizando o
quanto estamos distantes da verdadeira felicidade.
Quando nos
sentimos angustiados, ansiosos e evitamos ficar parados ou sozinhos é porque na
verdade não suportamos ouvir a nossa voz interna, que se pronuncia através da
quietude.
Nosso Ego,
que não é a nossa essência, não deseja que saiamos da sua zona de controle e
relaciona todas as nossas experiências através da lógica e crenças passadas.
O vazio, as angústias,
as ansiedades e os medos são como “gritos” da nossa alma, nos alertando que
algo não esta certo e que precisamos nos conectar com os propósitos maiores do
nosso ser.
Durante
nossas vidas, são muitos os momentos e pessoas que aparecem para nos despertar à
verdadeira realidade, porém logo refutamos as tentativas de “resgate”, com
argumentos lógicos e confusos, tornando assim nossos lapsos de consciência,
pela perspectiva do Ego, como devaneios e ilusões.
A vida que
levamos ausentes de uma consciência mais ampla, vivendo sob o comando do Ego, torna-se
superficial e vazia, pois não se pode viver através da casca, sem conhecer o
interior que somos em realidade.
Ouçamos os
sinais que vem de dentro e para compreendê-los se faz necessário desenvolver o
Autoconhecimento, mas não o que se apresenta na certidão de nascimento e sim o
nosso verdadeiro EU, ou seja, a nossa verdadeira essência.
Maycon Salazar Reidel
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